Criança Feliz Brasiliense garante atenção à primeira infância no DF

De iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Social, o programa atende 3.200 famílias em situação de vulnerabilidade social

Janeiro começou com o retorno das visitas domiciliares do Criança Feliz Brasiliense. O programa atende gratuitamente 3.200 famílias e tem como objetivo promover o  desenvolvimento psicomotor, cognitivo, comunicativo, psicológico e socioemocional de crianças em situação de vulnerabilidade social. Atualmente, são 106 visitadores que percorrem diariamente as zonas urbanas e rurais de 16 regiões administrativas do Distrito Federal (Taguatinga, Estrutural, Planaltina, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II, Recanto das Emas, Varjão, Itapoã, Paranoá, Brasilândia, Ceilândia, Gama, Santa Maria, Samambaia, Fercal e Sobradinho) trabalhando junto às famílias atividades lúdicas e recreativas nas áreas de educação, motricidade, cognição, comunicação e assistência social.

Ivanilda Ramos, 33 anos, hoje integra o time de visitadores do Criança Feliz, missão que desempenha com dedicação por também já ter sido beneficiária do programa. Mãe de Guilherme (11) e Ayla (3), ela conta com sua experiência e vivência para transmitir os cuidados e atenção para outras famílias. “Foi muito impactante a evolução da minha filha com o programa, agora também tenho a família mais unida. Fiquei encantada com os resultados e logo me inscrevi para ser agente de transformação e compartilhar o aprendizado com mais famílias. Aprendi que, se a criança for estimulada desde os primeiros momentos de vida, será um adulto com um potencial de autoconfiança, responsabilidade, inteligente, seguro de si, recíproco e teremos uma sociedade melhor com muitos valores”, relata emocionada.

Estudos sobre o impacto de programas sociais voltados à primeira infância comprovam que políticas públicas focadas nesse período do desenvolvimento humano têm potencial de promover verdadeiras revoluções sociais, como é o exemplo do Perry Preschool Project, estudo do economista americano James Heckman. Em sua pesquisa, Heckman constatou que o investimento em programas para a primeira infância é estratégico e traz retornos a curto e longo prazo para toda a sociedade. Dentre as benesses sociais estão a redução das taxas de evasão escolar, criminalidade, gravidez na adolescência e gastos com assistência social, como melhorias estão o desempenho acadêmico e profissional.

Segundo a Secretária-Executiva do Comitê Gestor do Criança Feliz Brasiliense na Secretaria de Desenvolvimento Social do DF, Ana Caroliny de Oliveira Sousa, as ações realizadas são essenciais no auxílio ao desenvolvimento integral das crianças. “O Programa utiliza a metodologia da ONU de Cuidados para o Desenvolvimento da Criança (CDC), trabalhando de forma divertida as quatro dimensões do crescimento infantil: linguagem, motricidade, socioafetividade e cognição. Além do fortalecimento essencial dos laços parentais”, afirma.

Em 2022, o programa Criança Feliz realizou mais de 120 mil atendimentos domiciliares pelo DF, sob a execução da IECAP Agência de Transformação Social por meio de Termo de Parceria com a SEDES-DF. Para este ano, estão previstas atividades até o final de abril, enquanto o programa aguarda renovação junto ao governo federal.

Quem pode utilizar o serviço?

O Programa Criança Feliz Brasiliense atende prioritariamente famílias registradas no Cadastro Único, por isso a importância em manter os dados atualizados. São beneficiários do Programa:

  • Gestantes, crianças de até três anos beneficiárias do Programa Bolsa Família e suas famílias;
  • Crianças de até seis anos beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e suas famílias;
  • Crianças de até seis anos afastadas do convívio familiar em razão da aplicação de medida de proteção prevista no art. 101 da Lei nº 8.609, de 13 de julho de 1990, e suas famílias.